segunda-feira, 6 de abril de 2009

Capítulo Trinta e Quatro: por Fernando Pessoa

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Não, não digas nada
Supor o que dirá
A tua boca velada
É ouvi-lo já
É ouvi-lo melhor
Do que o dirias
O que és não vem à flor
Das frases e dos dias
És melhor do que tu
Não digas nada, sê
Graça no corpo nu
Que invisível se vê
Não, não digas nada




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