terça-feira, 4 de novembro de 2008

Capítulo nove: um corpo, uma questão...


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Na linha de indagação onde o corpo está como questão que se impõe às variações de todo e qualquer modo de pensar, leva-se em conta a ignorância em que a alma se encontra relativamente aos poderes do corpo. Ciências, artes, filosofias participam de várias maneiras desse complexo questionamento. É com Espinosa que se tem a plena consciência filosófica do corpo como questão que se impõe: “até o presente ninguém determinou o que pode um corpo, porque não conheceu a estrutura do corpo”. Esta colocação produz um grande susto que repercute em Hume com sua crítica radical da metafísica da substância, assim como em Schopenhauwer, Bergson, etc. Há também aqui, a interferência de Nietzsche reabrindo novas linhas de indagação nessa perspectiva: “Aquilo que os sentidos experimentam, aquilo que o espírito conhece, nunca tem seu fim em si mesmo” (Assim falou Zaratustra) (Op. cit., p.04).
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