quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Capítulo vinte e quatro: um pouco de Semiótica...

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A Semiótica é a ciência dos signos, dos signos da linguagem, de todas as linguagens. As linguagens que nos constituem são complexas e plurais. Somos animais que sempre recorreram a modos de expressão, de manifestação de sentidos e de comunicações. Atuamos com uma linguagem verbal e não verbal. Nossa linguagem se refere a formas sociais de comunicação e significação, assim como todos os sistemas de produção de sentido.

Esta ciência tem o objetivo de examinar modos de constituição de todo e qualquer fenômeno como fenômeno de produção de significação e sentidos. Serve para estabelecer as ligações entre um código e outro código, uma linguagem e outra. Ajuda a “ler” o mundo também não verbal. A análise semiótica ajuda a compreender por exemplo, porque a arte pode, eventualmente, ser um discurso do poder e nunca um discurso para o poder. A semiótica acaba com a idéia de que as coisas só adquirem significado quando traduzidas sob a forma de palavras.

As linguagens estão no mundo e nós estamos na linguagem. No humano e para o humano se operam o processo de alteração dos sinais em signos e linguagens, assim, todo fenômeno cultural é estruturado como linguagem, é fenômeno de comunicação, práticas significantes, ou seja, produção de linguagem e sentidos.

O signo representaria um objeto que seria a causa determinante do signo. É uma coisa que representa outra coisa: seu objeto. O signo está no lugar do objeto e só pode representar seu objeto para um intérprete. Ele se organiza ou tende a organizar-se sob a forma de linguagem verbal ou não-verbal.

Em nossa sociedade, recebemos linguagens que não ajudamos a produzir, somos bombardeados por meios de produção de linguagem com mensagens que carregam valores e que se prestam ao jogo de interesses de poucos, que não são seus usuários. (SANTAELLA, 2007)

O domínio dos processos de percepção foi reduzido exclusivamente à visualidade. Com a especialização evolutiva, 75% da nossa percepção humana, no estágio atual é a visão, nossa orientação no espaço depende em maior parte deste sentido. Tal dominância acontece às extensões do sentido visual criados historicamente e por ser o olho um dos órgãos ligados diretamente ao cérebro. Temos grande parte dos sistemas de signos como processos de produção de linguagens e transmissão de mensagens que nos chegam através da visão. (SANTAELLA, 1993)

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