terça-feira, 4 de novembro de 2008

Capítulo treze: cada dimensão, um corpo... no mesmo corpo...


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Segundo Maurício Mangueira (2006) através de alguns conhecimentos elaborados pelas ciências humanas a respeito do homem até o presente momento, podemos ter aqui o corpo humano em quatro dimensões. Este corpo é abordado como algo aberto, e não fechado, e essas dimensões envolvem o corpo com outros elementos que o ultrapassam, fazendo do corpo um efeito, um resultado, é criatura e criado por algo.

O corpo do homem é um corpo-devir pois encontra-se em movimento e no tempo, transformando-se. Este corpo é e não é, é vida e morte, solitário-povoado, etc. Existem dois tipos de devir, o individual caracterizado por processos que vão desde o ato da fecundação até a morte (ontogenia), e o coletivo, inserido na história da coletividade. O homem não é um estado, mas uma transição, ele é em constante transformação. Este devir coletivo subdivide-se em três tipos, o “devir biológico”, onde o corpo é inserido na história da espécie humana; o “devir simbólico”, onde o corpo se insere em uma determinada tradição cultural, de crenças, símbolos, etc. e o “devir poder institucional” onde o corpo se insere nas relações de poder, dominação e da história institucional. Estes devires se presentificam, se atualizam no corpo do homem formando-o, produzindo-o e sendo produzidos (MANGUEIRA, 2006).

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